quarta-feira, 14 de julho de 2010

Anos 70 - O Auge do Rock and Roll


Em 1970, o Rock já estava maduro. Os poucos recursos e a ingenuidade das décadas passadas perderam espaço para músicas elaboradas e sofisticadas, utilizando teclados, orquestras e melhores equipamentos.

O fim de uma era do Rock ficou marcado no ano de 1970 pelo fim dos Beatles, que haviam sido talvez a banda que mais ajudou na transição entre o rock básico de letras simples dos primeiros tempos ao rock mais complexo e sério musicalmente e liricamente.
Nessa década o Rock era encarado como forma de expressão artística e social, não mais como diversão ou produto de consumo.

O público se dividia entre aqueles que buscavam álbuns mais elaborados e complexos e a parcela que estava mais interessada em hits teoricamente “descartáveis”.

O Rock Progressivo estava em expansão, mas, principalmente nos Estados Unidos, surgiam bandas com musicalidade mais simples, como T. Rex, David Bowie e Elton John. A partir daí a imagem se tornou um fator presente nas bandas (maquiagem, cabelos, roupas exageradas e coloridas), surgindo ai o Glam Rock.

Na Inglaterra, em 1970, o Black Sabbath gravava seu primeiro disco em apenas dois dias (diz a lenda), auto entitulado, expandindo as fronteiras do peso no hard rock e criando o que possivelmente poderia ser o primeiro disco definitivamente heavy metal conhecido do grande público. O limite dos escândalos envolvendo sexo, drogas e satanismo também é empurrado para diante. A resposta americana ao peso e atitude do Black Sabbath foi Alice Cooper, em 1971.

O uso da imagem e de recursos “fora” da música como fator de marketing foi usado ao extremo e teve início com a banda Kiss, que lançou seu primeiro disco em 1974. No ano seguinte a banda Queen lançou seu primeiro disco.

Em 1975, junto ao rock elaborado das bandas progressivas ou de hard rock e ao rock comercial glam, surgia nos pequenos bares e casas de show um movimento musical underground marcado por descompromisso e cheio da autenticidade e da real rebeldia que faltava a estes primeiros. Em pequenos locais (como o CBGB em New York) bandas como Blondie e Ramones. O estilo era marcado pelo "do it yourself", a possibilidade de qualquer um (mesmo que não sabendo tocar) montar uma banda.

O punk criado nos Estados Unidos e popularizado na Inglaterra foi a resposta ao Rock “sério demais” que era produzido na mesma época. Também confrontava conceitos sociais. Foi, provavelmente, o estilo musical que mais gerou manifestações fora da música, sendo levado também para a sociedade em geral e para aqueles que viviam nela, muitos ideais da época vivem até hoje.
Em 77, os Sex Pistols lançaram o Nevermind The Bollocks, disco que foi direto para o topo da lista Britânica e com ele outras bandas surgiram e fizeram sucesso similar, como por exemplo a banda The Clash, e fez bandas voltarem a fazer sucesso, como Ramones e Blondie.
O estilo também influenciou o som de bandas como AC/DC e Motörhead, mesmo que indiretamente.

O punk, mais tarde, foi perdendo sua força comercial (o que já era de se esperar, devido ao boicote que havia na época) e surgiu uma nova vertente da música dos anos 70, o New Wave, com bandas como The Police, Simple Minds, U2 e Pretenders.

> Não confundir New Wave com a onda Disco que surgiu logo depois já nos anos 80 < Tanto que nessa mesma época surgia Judas Priest e principalmente Iron Maiden, e isso a viria a ser conhecido como New Wave of British Heavy Metal, a resposta do som pesado e elaborado à sonoridade simples do punk.
O Hard Rock também se renovava com o primeiro disco do Van Halen, em 78.
Mesmo com o fim do Sex Pistols, em 78, e depois da morte de Sid Vicious, em 79, o Rock nunca mais seria o mesmo depois da onda Punk.


Post by Emmanuel Henrique.



Um comentário:

  1. Bom demais! Muitas dessas bandas lançaram apenas um disco na carreira, são verdadeiras pérolas do rock. Fiz um site justamente para eternizar essas maravilhas: https://bandas1album.com.br

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